29 agosto, 2013

Resenha: "AEcM12" - Flavio P. Oliveira

Olá, pessoas do meu coração! Depois de uns dias fora (uns dias... confesso, sou uma enrolada e não tenho jeito mesmo! rsrs), venho aqui, finalmente, postar uma resenha. Na verdade eu tinha outra programada, de um book-tour anterior ao do livro de hoje, mas não sei como, eu a perdi. Então hoje vou mostrar o que achei do livro do meu parceiro e amigo, Flavio P. Oliveira, que li através do book-tour que ele promoveu, e daqui alguns dias refaço a outra e publico também. Bom, espero que gostem!

Título: AEcM12
Autor: Flavio P. Oliveira
Editora: S.N.
Páginas: 134
Ano: 2012
ISBN: 978-85-912288-7-4
Classificação: 
Skoob: AEcM12

Sinopse: A ciência tem obrigação de suprir as necessidades humanas.
Um homem perdidamente apaixonado sem amor correspondido; um novíssimo produto, exorbitantemente caro, considerado por muitos o maior avanço científico da história, com possibilidade de alterar todos os relacionamentos humanos a partir de seu lançamento; uma mulher dividia entre o carinho sincero e o intenso prazer com maus tratos…
E uma empresa, Andromedas Elite, com o seguinte lema propagandístico para o produto acima mencionado: “Todos os homens poderão realizar o maior dos desejos: possuir as mulheres que quiserem.”
No futuro, todos os homens e mulheres poderão escolher entre recriar um familiar falecido em ser artificial, ou atender as demandas corporais (sexuais) e comprar um robô modelo de beleza física. Qual a porcentagem dos que escolherão duplicar um familiar morto? 10%?
Toda conquista científica se resume em algum desejo singular e o mais presente é agradar o corpo. No caso de nosso anti-herói solitário: agradar ao corpo, aos filhotes e bichos de estimação robóticos; mas, sobretudo, eliminar a solidão de uma vida e reinventar a correspondência de um amor. Ele será o primeiro da fila, o primeiro a comprar o novo produto, e, com isso, mudará todo o seu futuro.

Resenha

O futuro é algo que, além de termos o objetivo de alcançar, sempre imaginamos como será. E, vendo como é nosso atual presente, como não pensar em um futuro tecnológico, onde o avanço das máquinas ocorrerá em prol de atender às necessidades humanas, mesmo as mais mundanas? Esse é o tempo descrito em AEcM12. Um tempo que só sabemos que é bem distante e distinto do nosso.
A história gira em torno de um homem incomum, com um nome incomum, com uma vida incomum, embora solidão e amor não correspondido sejam as mais comuns das coisas, mesmo hoje. Arivaldo Anestézijo tem um único desejo em sua vida: ganhar o amor de sua vizinha, Lúcia, nem que para isso precise recorrer à tecnologia.
Aposentado desde o fechamento da empresa em que trabalhava, ele é pai de vários robôs: três homens buldogue, duas bailarinas, duas barbiretas, um grilo falante/filósofo/cantor, um soldado e até um "menino" espião. Suas criações são também sua única companhia, excetuando uma vizinha que, em situações anteriores, fora bastante presente em sua vida, o que ocasionou o domínio completo de seu coração. 
Entretanto, o sofrimento causado por esse amor platônico não correspondido fez Arivaldo tomar medidas drásticas que estavam diretamente relacionadas ao mais novo lançamento da Andrômeda, o modelo de mecamorfo AEcM12, que, diante da encomenda, a ginoide poderia ser construída na perfeita figura humana, de acordo com o gosto do cliente, tanto no físico como na personalidade. Bem, Arivaldo foi o primeiro da fila...
Como descrever AEcM12? Não sei nem por onde começar... Mas, não tem como não falar sobre a linguagem. A escrita do Flavio é de tamanha riqueza que parece uma obra de arte. Para quem dá valor a estética textual, assim como eu, apreciará infindavelmente a narração, que é construída de maneira que flui perfeitamente bem e, ao mesmo tempo, com todas as explicações sobre aquele futuro, soa um tanto quanto poética. Enquanto isso, a construção dos personagens, que são, em sua maioria, os robôs, foi muito bem feita, tendo a base para seu desenvolvimento na imagem do próprio homem, fazendo ao mesmo tempo serem vistos como robôs e humanos.
Envolvida em um romance com um toque picante, a ginoide (feminino de androide) pareceu criar vida de modo que, assim como os demais robôs, nos apegamos a ela e a reconhecemos como uma pessoa de verdade, mas sem ignorar seu lado "máquina". Arivaldo, com todo o seu metodicismo desprovido de encantos, parece ser mais artificial do que a própria cópia da vizinha. De fato, a construção dos personagens foi minuciosa e, em 130 páginas me fez apaixonar por essas características tão marcantes.
Bom, já falei demais, né? rsrs. Se continuar vou soltar spoiler, e o objetivo não é esse! Mas deu pra perceber que gostei MUITO de AEcM12, e só dois fatores me impediram de dar 5 estrelas para o livro... Primeiro: queria mais do final, mas ainda tenho que perguntar ao Flavio se não haverá continuação, porque há ainda tanta coisa que se pode contar! (e que eu gostaria de saber haha) Segundo: achei a linguagem da narração PERFEITA, mas quando ela foi lançada para os diálogos ficou muito massante, faltou espontaneidade. (acho que foi meu gosto por sociolinguística que me deixou mais atenta a isso... kkk)
Bem, agora não tem jeito, PRECISO ler mais livros do Flavio!!! Super recomendo AEcM12! Para aqueles que gostam de histórias bem escritas, bem desenvolvidas e cheias de originalidade, esse livro é a escolha certa.

Espero que tenham gostado da resenha!
Ah, gente, e Lilliah Blu, o novo livro do Flavio P. Oliveira, já está a venda!
Aqui tem uma postagem falando sobre o lançamento.
E, caso alguém tenha interesse em saber mais sobre as obras do autor,
basta visitar o site Grobsh.
:)
Beijão!


4 comentários:

  1. Flávio é um parceirão!
    E um grande escritor!
    Beijinhos
    Rizia - Livroterapias

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    1. Impossível discordar, Rizia!!! :D
      Obrigada pela visita!!!

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  2. Obrigado, Gih, pelos elogios. Alguns dos diálogos no livro são, digamos, robóticos, e eu quis assim mesmo. Na verdade, é uma crítica a informalidade na língua falada. Tem uma passagem que a ginóide pede desculpas ao Arivaldo por falar tão formalmente... kkkkkkkkk. Acho difícil ter continuação, porque agora me dedicarei a saga de Lilliah Blü, mas algumas pessoas já me pediram... :D

    Bjos

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    Respostas
    1. Ahh sim, explicado. Bem, quanto a crítica, que eu percebi, digamos que essa é uma posição em que divergimos opiniões, mas isso é assunto que, por hora, prefiro deixar pra minhas futuras Monografia, Dissertação e Tese...
      Ahhh que pena! Mas, já que é por causa de Lilliah Blü, não tem como ignorar que é um ÓTIMO motivo né rsrs.
      :D

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